terça-feira, 22 de outubro de 2013

Irmãos e Irmãs, "Habemus 10° Trappist"

Nos últimos tempos as notícias provenientes do mundo das cervejas trapistas se multiplicaram visivelmente, principalmente pelos novos produtores cistercienses. O 9° a entrar nessa estreita comunidade cervejeira em Junho de 2013 foi da Abadia De Kievit na Holanda. Passados alguns meses a famílias das trapistas cresce novamente, nos últimos dias  foi revelado uma nova cervejaria capaz de aplicar na etiqueta o famoso símbolo hexagonal "Authentic Trappist Product".

Se trata da Spencer Brewery, situada no interno da Abadia de St. Joseph. A marca provem do nome da cidade onde o monastério foi erguido, ou seja Spencer, Massachussets.

A décima cerveja trapista do mundo é Americana.


Vista aerea da Abadia de St. Joseph
Na realidade os boatos de uma possível cervejaria trapista americana já era fomentava por anos, mas sempre eram levadas somente como boatos sem fundamentos. Mas em Maio do ano passado, quando, em um documento oficial da cidade de Spencer (aqui em pdf), foi feito um pedido de permissão pela abadia de Spencer para a criação de uma planta de brassagem. No documento se nota expressamente a referencia sobre as "cervejas trapistas", deixando a pensar que a etiqueta teria a logo hexagonal das trapistas.

Depois disso o assunto se desenvolveu rapidamente, e como podemos ler no "I think about beer", a primeira cerveja da abadia de Spencer está para ser lançada graças a ajuda da cervejaria Chimay. Na etiqueta e na retro-etiqueta foram apresentadas nos últimos dias revelando algumas informações:
Vista da entrada da Abadia de St. Joseph

O nome da cerveja será simplesmente Spencer Trappist Ale e se trata provavelmente de uma Belgian Ale ("Pater"), de cor dourada e corpo cheio, rica de notas frutadas, delicadamente lupolada com um final seco. Ma a coisa mais importante, é que na retro-etiqueta é bem visível a logo hexagonal que eleva a cerveja ao estado de autêntico produto trapista, ou seja, reconhecida pela Associação Internacional Trapista. Na realidade no site da Associação Internacional Trapista a cervejaria da abadia de Spencer não aparece no elenco, a mesma coisa acontece com a 9° trapista a abadia de Kievit. Mesmo assim em uma recente "news" da Associação da as boas vindas a abadia, que já comercializa algumas "conservas trapistas".



Na na espera de uma posição oficial da Associação, temos que considerar que a logo hexagonal da Spencer Trappist Ale seja em todos modos considerada e justificada a 10° trapista do mundo.


Então ficamos na espera da data do lançamento dessa cerveja e obviamente provar-la. Devido ao nível de fanatismo cervejeiro nos E.UA., podemos apostar que a cervejaria Spencer em breve será atacada por uma maré de apaixonados por cervejas (incluso eu). Por enquanto fico contente somente em degustar a 10° trapista do mundo.

Os leitores da Cervejologia estão tão curioso quanto eu?

Cheers
Doug

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Beer Experience parte 1

Boa noite galera! Faz certo tempo que não escrevo e peço desculpas por isso mas estou passando por uma faze de transição e provas em uma universidade, logo fiquei entupido de coisas pra fazer.
Mas voltando a cerveja, tivemos no último sábado no Rio de Janeiro o evento Beer Experience, onde encontramos cervejarias, importadores e lojas especializadas organizadas em alguns boxes distribuídos dentro da Estação Leopoldina, o que achei esplêndido pois o local é muito legal.
E me senti incumbido de escrever sobre esse evento pra quem não foi saber como é e pra quem foi saber mais sobre a história de como muitas coisas que lá estavam foram parar lá.

Comecei minhas entrevistas com o pessoal da Júpiter, e foi lá que conheci o David Michelsohn, uma cara normal amante de cerveja e agora um empresário do ramo cervejeiro.



Ele disse que foi em 2009 quando estava lendo a revista New York e se deparou com o perfil de Sam Calagione, dono de uma das mais famosas Cervejarias artesanais americanas a Dogfish Head, surgiu o interesse de se envolver de vez nesse mundo. Em 2010 comprou seu primeiro kit para fazer cerveja em casa e foi aprimorando suas receitas, até que se viu demitido de seu emprego como editor em uma revista de grande circulação brasileira. Foi então que surgiu a vontade de abrir um negócio próprio, e de Hobby, a cerveja virou profissão. David se inscreveu no curso de técnico em cervejaria do Senai Vassouras, onde adquiriu conhecimento para ser mais que um Home Brewer. Após algum tempo, visitas e cursos David encontrou as parcerias certas para que sua cerveja saísse de casa para os Beer Shops com o nome de Júpiter American Pale Ale, e em paralelo ele mantém sua cerveja original a Tupã que passa sempre por mudanças que quando agregam vão para sua cerveja de linha que acaba chegando em nossos copos cada vez melhor. E agora teremos uma novidade, eles irão lançar no fim do mês uma IPA que se seguir a linha da APA será uma excelente cerveja.Andando mais um pouco me deparei com uma cerveja que causou divergências antes de seu lançamento, estou a falar da Biritis, cerveja que tem como logo o rosto de um ícone brasileiro Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum. Esta cerveja estava sendo tratada como apenas mais uma dentro do cenário brasileiro que usaria de um bom marketing para vender, mas após seu lançamento muitos tiveram que retirar suas palavras, esses muitos se depararam com Vienna Lager de muito boa qualidade.Essa cerveja nasceu agora, mas a amizade que culminou nessa cerveja é de longa data, e foi em uma viagem de carnaval com os amigos há algum tempo que Sandro Gomes (filho do humorista) e seus amigos Diogo Mello e Leonardo Costa tiveram a ideia de entrar em um mercado com grande perspectiva de crescimento.




Essa idéia veio aliada de uma boa preparação ao longo de dois anos e após esse processo, surgiu uma bela receita elaborada pelo André Cancegliero, da cervejaria Urbana, e uma bela cerveja que combinada uma boa só pode dar em em sucesso.
Segundo Sandro Gomes, aliar uma grande imagem a uma boa cerveja pode incentivar as pessoas que desconhecem esse mercado a consumir outras cervejas de qualidade e ajudar o crescimento do mercado das cervejas artesanais no Brasil.


E é isso galera, esse é o primeiro texto da série do Beer Experience RJ, semana que vem tem mais!



Iago Reis.