Bem, depois dos primeiros sustos o dia da brassagem passa a
ser um dia mais tranquilo, e isso não quer dizer que você está imune a erros.
Talvez o maior erro dos cervejeiros caseiros seja confundir
o dia de brassagem com o dia da bebedeira, não quer dizer que eu já não tenha
feito isso, mas uma produção em um estado alterado de mente apresenta suas
dificuldades, seja perder uma adição de lúpulo por alguns minutos, não colocar
o chiller para sanitarizar ao final da fervura ou até mesmo esquecer-se de
inocular o fermento. A cerveja não atingirá padrões programados por você ao
final do processo, mas não se esqueça, boa cerveja se faz bebendo boa cerveja.
Você não precisa ser cientista, nem mesmo um mestre para
fazer sua própria cerveja, entretanto quanto maior o cuidado e o estudo maior
controle do seu produto final você terá. Livros, artigos, blogs (não estou puxando
sardinha, mas existem excelentes blogs do mundo todo que falam sobre métodos e
tudo sobre a produção da cerveja) e qualquer literatura disponível farão de
você um melhor cervejeiro.
É sempre importante manter os parâmetros programados para
sua cerveja, assim você gera um padrão em sua produção e domina melhor todo o
processo. Medições da concentração de açucares no mostro em seus variados
momentos, adições de lúpulo de acordo com a quantidade e momento, temperatura
das rampas e outros parâmetros que te proporcionem maior controle, irão
auxilia-lo durante o processo.
Existem muitas formas de se seguir um planejamento, a melhor
delas é aquela que funciona pra você, no entanto existem alguns pontos que irão
ajuda-lo:
-Manter sempre o local da brassagem limpo e organizado
-Antecipação, sempre que possível limpar tudo no dia
anterior e moer o malte previamente
-Lembrar-se sempre de calibrar seus aparelhos de medição
-Planejar os passos da sua cerveja previamente
-Mantenha-se focado na brassagem e lembre-se sempre
acontecem imprevistos
(não reparem no péssimo fotografo)
Após tudo isso, é hora de abrir sua cerveja e limpar tudo
para que a mulher que mora com você não surte ao colar o pé no mosto.
Iago Reis
Com a colaboração dos Donkeys Bruno Monteiro e Leopoldo
Mayrink